No meio do sobe e desce escadas do metrô, vai e vem da vassoura, o borrifar dos perfumes, o massageado na maquiagem, o “tec tec” do salto alto e avante ao trabalho. Às vezes o que é bonito vem despercebido: atrás do vestido, da maquiagem e do perfume; uma pessoa normal, uma estrelha brilhosa que esbanja qualidade e inveja. Nos perguntamos de onde vem toda essa força que, há anos, foi oprimida por nós homens e que todo dia há um esclarecimento delas serem o pico da sociedade. Digo que elas são sinonimos de força e que por lei da natureza, o mais forte sobrevive, o mais forte se torna apto às dificuldades e que por sua própria vontade, consegue estabelecer o que jamais poderia ser feito num espaço pequeno.
E lógico, como um ser puramente sentimentalista, o uso do racional é um luxo, e que todas têm, e inclusive usa, o que tornam-as o ser mais completo deste mundo. Em sua estrutura corpórea, tomada pela gala e pelo glamour, cerca-se a barreira de que tudo está bom, e incrementando o sabor de que podem sempre mais. Se vestindo como rainha e vivendo como princesa, ocupa o trono de secretária sem dizer que não se pode trabalhar. Ocupa-se o espaço de cozinheira sem dizer que não se pode mais cozinhar. Ainda vive de faxineira dizendo que é mil vezes melhor do que roubar. E mesmo assim, no final do ano, todas estão sentadas esperando sua chamada para a cerimônia do Oscar, amando sem parar.
E a beleza sempre vindo a fronta, parando carros e até mesmo os faróis, fazendo da faixa de pedestres uma lenta passarela. Do sorriso encantador até o choro mais sentido. Do abraço mais apertado ao beijo mais desgustado. Essas são as mulheres. Por sinal sempre renovam o cabelo para poder balançar a peruca. Renovam as unhas sempre para agarrar mais. Trocam de sapato para sempre pisar mais. E claro, um novo batom para esbanjar mais. Digo o pico da sociedade, pois onde andamos encontramos mulheres, algumas de verdades outras que vieram do Paraguai. Mulheres que são mulheres não ligam pelo que falam e sim pelo que fazem. Elas são até cobradoras de ônibus, pois claro, adoram dar o troco.
Há quem prefere as insanidades dos típicos desejos humanos, das necessidades corpóreas. Nós homens, que saímos à noite, no típico trabalho dos ancestrais de irem à caça, ao invés de peixe, caçá-las. Caçar a carne, caçar apenas o que se esconde atrás do vestido, mas nunca, o que está estampado pela maquiagem. O saciar desejos que virou meta e glória, e que o sofrimento puro, chegando até mesmo na última camada da pele, ataca a sensibilidade humana e como um corte no coração tão macio.
Mulheres são como mães, suas próprias mães. Aquela que cuida de si como se fossem seus (as) filhos (as), cuidam do corpo, da alma e da mente. Aquela que cuida dos outros a troco de nada, apenas de sustentar o seu sentimento macio e purificado. A mais personificada e diferente, que diferentemente de qualquer um, possui o tripé da vida. O tripé do Sentimento, da Beleza e da Força. O ser que, jamais será interpretado, nem mesmo pelos filósofos da cozinha ao perguntarem do novo tempero incrementado. Aquela que causou dúvidas ao pegar dinheiro da carteira do marido para comprar sapatos novos. Aquela que são as ondas do mar oscilando a todo o momento, mas sempre trazendo frescor, fragancia e um ótimo conforto para os nossos corações.
Mas sempre, há quem diga que mulheres não prestam que mulheres são isso e aquilo. Mas também, todos dirão que estão enganados, se não existisse mulher, não existiria poesia. Todos os dias são dias de maquiagem, de vestido, de vassoura, de “tec tec”. Todos os dias é dia do seu amor, da sua sensibilidade e do seu carisma. Nunca se cansam de impressionar e nunca deixam de ser mulher.
Praia Grande-SP.
Feito em: 09/03/2014.
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