segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Nova Infância (Crônica)

      O que seria nossa esperança para um futuro abrangente, cresceu de forma que se tornou nossos inimigos, e nos deixa com medo ao sair de casa. A nova infância das crianças e adolescentes exprime a dura realidade das famílias, de boa parte, da região periférica. A falta de estruturas, apoios. Então, elas seriam vítimas ou culpadas? Seria útil diminuir a maioridade?
     Ao atingir o critério de segurança, o ser com marco de dezoito anos, julga-se como capaz de responder pelos seus atos e por legislação seguir laços puníveis, porém, abaixo disso subentende-se, então, que o menor de dezoito não possui maturidade suficiente para responder seus atos, cabendo a legislação especial cuidar dos casos ocorridos. Nossa sociedade moderna já evidencia traços de compreensão sobre as coisas e, portanto, jovens de doze a dezessete anos reconhecem seus atos ilícitos, o que o torna responsável pela ação cometida ao agredido. Isso posto, entramos no ponto chave para a decisão: reduzir ou não a maioridade penal? *
     Uma questão particular mas conjunta, e um ponto cheio de controvérsias, apesar de infrator, o menor também é vítima. Não demonstrado, eles contribuem para a menor expectativa de vida; oriundo de regiões com condições sociais ruins. Um dado surpreendente, é 65% dos infratores viverem em grupo desorganizado, mãe abandonada etc., e as ruas se tornando refúgio para os problemas internos. Logo, o problema está de onde vem, podendo ser solucionado com investimentos no ambiente em que ele vive.
     Para concluir, o favorecimento da redução da maioridade penal, continuará com a grande sensação de impunidade. O que foi proposto por juízes é a classificação e intensidade da infração, para ser julgado ou encaminhado a locais de reformas sociais. Vale lembrar que os presídios estão superlotados, com isso, não podemos resolver a criminalidade de forma isolada. Devemos resolvê-la de forma conjunta, envolvendo ações sociais e políticas que o Estado deve ampliar e fornecer as necessidades básicas como cultura, lazer, e preparar o jovem para o mercado de trabalho. 




Crônica é um gênero textual com característica predominantemente NARRATIVA.

Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação do Prof. Esp. Flávio dos Santos.

De acordo com o Minidicionário Louft (2009, p.123), crônica significa uma forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em nosso cotidiano.


--------------------------//-------------------------

Meu Recanto das Letrashttp://www.recantodasletras.com.br/autores/escrivaojb

domingo, 2 de novembro de 2014

O Círculo de uma Vida

                          Circuito Fechado do Juliano

[segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado, domingo]

     Cama, chinelo, água, remédio, banheiro, banho, toalha, roupa, mochila, café, lanche, mãe, conversa, abraço, rua, padaria, escola, amigos, conversa, abraço, aula, professores, aula, metade, dia, Luísa, casa, almoço.
     Digestão, banheiro, roupa, academia, exercício, rua, Danilo, carro, casa, banho, descanso, atividades, estudo, lápis, caneta, borracha, papel, livros, televisão, jornal, séries, gata, brincadeiras, carinho, pausa, lanche, computador, celular, amigos, telefone, pai, conversa, alegria.
     Descanso, mãe, companhia, diálogo, janta, sobremesa, banho, toalha, chinelo, roupa, lençol, ventilador, cama, escuro, sono.



O circuito fechado é um gênero textual com característica predominantemente DESCRITIVA.


Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação do Prof. Esp. Flávio dos Santos.

-------------------//--------------------

Meu Recanto das Letras: http://www.recantodasletras.com.br/autores/escrivaojb

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Água: um bem imutável



Água: um bem imutável

     Em século de informação, nada melhor que recebê-las de forma tão rápida e precisa. Atualmente, devemos fazer o uso adequado dela e aplicá-las a um bem natural: a água. O ser vivo não vive sem água, nem o homem e nem os peixes. Se nós não cuidarmos do que é nosso, quem cuidará?
     Grandes reservatórios da cidade de São Paulo estão vazios, e a água em nossas torneiras com qualidade inferior. No planeta ela não irá acabar, mas a boa qualidade decaí mil vezes mais. Assim como o uso da informação, o uso da água está descabido.
     Além de nossa crise econômica, nossa crise de abastecimento e da política por trás do uso, é inteiramente social. Se nós cidadão, adquiríssemos, a propriedade básica sobre a utilização correta, o fator clima seria apenas algo secundário; não seria essencial enormes alterações em nossa distribuição.
     Indústrias de grande porte e as atividades agropecuárias também agridem e geram uma poluição hídrica muito forte em rios e lagos, alterando o estado da água e comprometendo o consumo humano. Concluímos que, para termos uma água bem cuidada, necessitamos de uma boa base na autoridade e de uma boa consciência em volta da sociedade atual.

- Dissertação é um gênero textual com característica predominantemente dissertativa.
- Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação, sob a orientação do Prof. Esp. Flavio dos Santos.
- De acordo com o Minidicionário Louft (2009, p. 123), dissertação significa texto racional sobre uma ideia; redação.


terça-feira, 10 de junho de 2014

Super-heroínas

Da Heroína a Heroína...

O branco da paz se tornou um pesadelo.
A partir do desejo, fluiu nas veias como um morteiro,
Na ilusão de obter felicidade, ganhou uma visão diferente na sociedade.
Um tempo nublado e escurecido.

Dentro da cabeça e da nossa carne.
Uma coitada que expande o ar pelos pulmões com dificuldade,
e polui o seu próprio espaço,
Sempre diluída na pequena dose da colher e sempre enforcado.

Do jardim oriental e do plantio remoto,
Chega ao prato de cada dia ao amanhecer,
Tens a última dose da colher ao entardecer.
Do material e imaterial ao ópio.

Semelhante ao amor, se torna um vício em ciclos,
Privado a única semente da flor,
Quão confuso ficou;

Consigo mesma batalhou.
A partir da heroína, uma heroína se tornou,
A partir da flor, uma brilhosa flor se brotou!



-Poesia '' Super-heroínas'' vencedora do Concurso Nacional Novos Poetas, Poesia Livre 2014;
-Premiada como participação na Antologia Poética - Prêmio Poesia Livre 2014. Vivara Editora Nacional, Paraíba: 2014. – Pág. 141;
-Organização e Apresentação de Isaac Almeida Ramos;
-CBC: 97897767-7741.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Receita - Boa educação

Ingredientes:
- 1 Família (Base);
- 1 Pai;
- 1 Mãe;
- 10kg de Aprendizado;
- ½ kg de Brincadeiras e Infância;
- 1 colher de Moradia;
- 5kg de Capacitação Intelectual;
- Diversas colheres de respeito.

Modo de preparo:
     Faça uma boa mistura de Família junto com o Pai e Mãe. Tempere bem com diversas colheres de respeito e ½ kg de Brincadeiras e Infância. Leve ao forno em forma untada por um bom tempo até amadurecer.
     Coloque na geladeira e vá acrescentando e decorando com colheres de Moradia, 10kg de Aprendizado e 5kg de Capacitação Intelectual. Se quiser, acrescente algo do seu gosto.
     Está é a receita duradoura de uma ótima educação, e como ter e impor respeito diante da sociedade. Pai, Mãe e Família são indispensáveis para a sucessão de uma criança no futuro.

     O receita é um gênero textual com característica predominantemente descritiva.
     Texto produzido nas aulas de Técnica de Redação sob orientação do Prof. Esp. Flávio dos Santos.
     De acordo com o minidicionário Aurélio (2002, p.242), receita significa uma fórmula, prescrição ou método de preparo.

FONTE

AURELIO, O minidicionário da língua portuguesa. 4ª edição revista e ampliada do minidicionário Aurélio. 7ª impressão – Rio de Janeiro, 2002. p.242

terça-feira, 8 de abril de 2014

A roupa e a violência

     Há alguns dias, uma notícia entrou em repercussão no Brasil. Uma pesquisa feita pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), apontou um resultado para a seguinte pergunta: “Mulheres que usam roupas curtas merecem ser atacadas?”. O resultado foi o seguinte: 65% das pessoas entrevistas, sendo homens e inclusive mulheres, concordam com tal afirmação de que sim, o comportamento e juntamente com a vestimenta, favorece e merecem ser atacadas.
     Ora, os mesmos são repudiados a violência contra a mulher no caso dos maridos, são a favor da violência contra a mulher nos casos de comportamento; a aplicação de violência continua a mesma, por mais que sejam coisas distintas. É com imenso desrespeito a nós mesmos e as mulheres, que passaram o resto de suas vidas se dedicando por uma vaga, que por mais que seja ínfima, conseguisse atuar de forma concreta e sutil, que consideramos o merecimento de tais atitudes frente a um tipo de comportamento que é totalmente arbitrário. Atualmente vivemos numa democracia, a partir deste momento, consideramos as opiniões e atitudes vindas de qualquer um. Criando um paralelo ao corpo, toda mulher tem o livre direito de andar como quiser, vestir-se como quiser e atuar como quiser. Assim como nós somos donos da nossa própria mente e corpo, elas também são.
     Geraram formas de protestos nas redes sociais com as hashtags #EuNãoMereçoSerEstuprada, o que potencializou uma forma com o plano de fundo de cansaço, angústia e uma opressão que jamais foi vista. São crianças, jovens, adultos e idosos, tanto homens quanto mulheres que são violentados todos os dias. Será mesmo que a mulher merece esse tipo de coisa por causa de um comportamento que não é bem visto a sociedade? Para você, leitor, qual é o comportamento correto?
     Merecíamos voltar à pré-história ou então deixar nossas terras com os índios, até criarmos um amadurecimento sobre a ideia de vestimenta, e concretizar que ela não possui valor social algum, a não ser cobrir do frio daqueles que se incomodam. Aderida como uma moda, mal entendida, um adereço que para muitos sim, definem o comportamento de uma mulher. E não, mulheres nem homens merecem sofrer algum tipo de abuso por causa de tais comportamentos. A ideia coletiva é bastante difundida e articulada de maneira errada e sem conceito às pessoas que sempre lutaram para estar de pés firmes e que se levantaram no meio de muitas pessoas.

A violência, por si só, ao ser pensada como ato, é congruente a derrota e uma conquista do fracasso interior.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dia Mundial do Autismo - O Brilho Autista

Dia Mundial do Autismo

O Brilho Autista

     Assim como a Síndrome de Down, o autismo atinge diversas crianças, prejudicando muito seu desenvolvimento social. Porém, existe uma grande desenvoltura em torno disso. São pessoas comuns. Se vestem como nós, observam como nós. Pulam, brincam, assistem como nós. Com dificuldades de comunicação, sociabilização ou inadequação a comportamentos tidos “normais” e “aceitáveis”, ser autista é conviver com as limitações que os olhos ao redor lhe impõem. Ser pai ou mãe de um autista, é acreditar que em uma sociedade como a nossa, existe sim, um jeito para o alcance do sucesso, e talvez, um sucesso mais glorificado que o normal. Não ter as mesmas características não diz que somos incapacitados, diferentes. E sim, que você é capacitado muito mais, e que se opõem por uma força especial. Encontramos diversas pessoas que são ou eram autistas conquistarem a si mesmo e o mundo.
     A produção, desenvolvimento e inclusão, ocorrem e correm por dentro do nosso espaço mental, do nosso sentimento e cuidado atrás disso tudo. O pai que é pai reconhece que o (a) filho (a), apesar de ter suas dificuldades, tem um saber imenso dentro de si, e um amor guardado especialmente para ele. No início é complicado, mas uma complicação que leva ao sucesso, a apresentação do amor, o despertar no imaginário. Assim como as pessoas normais tem suas dificuldades, para os autistas, o apoio familiar e dos amigos, o carinho especial, logo será reconhecido como uma forma de vitória, de compaixão e de demonstração. O grande sorriso de um autista é uma glória e vitória. É a hora em que para todos é repassado algo que jamais foi visto, o grande carinho e felicidade.
     É hoje e sempre, que o planeta tem o céu azul, o mar azul. E todos os dias, temos o dia azul, para lembrar, que em qualquer fase da vida, o autismo nem qualquer síndrome, não são obstáculos para que se leve uma vida produtiva e normal, e sim, apenas algo que talvez impeça deles fazerem algo, que na verdade, eles mesmos se transformam. O mundo veste azul, na caminhada da conquista sob o autismo. São crianças especiais para um mundo especial. Um mundo onde abrigamos diversas coisas a todo o momento, na busca pelo sorriso do próximo.


Dia 2 de Abril – Dia Azul da Conscientização Mundial do Autismo.

“O sorriso de um autista é a maior vitória, pois além de felicidade ele expressa que uma grande dificuldade foi superada: a capacidade de demonstrar o sentimento.”. 
(Autor desconhecido).

Praia Grande-SP.
02/04/2014.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Fumaça Poética

Me peguei na sacada no charuto Jamaicano
Exalando uma fumaça desconhecida
Descontando todo o mal feito num calmante
Do pecado trás a paz num instante

Como poesia, solto um odor poético
Um produto estrangeiro, de valor hipotético
Nas várzeas da tristeza, uso a sutileza,
como beleza das minhas riquezas

No suor da paixão, de grande exatidão
Caio em cima do meu coração
O grande resultado da minha ambição,
se torna o pecado da imensa devoção

Dos pobres que aqui zombei;
Dos vagais que lá comprei;
e dos animais que aqui matei,
Paro o relógio para tragar o que conquistei

O pecado me enviou uma carta
Com o ponto de remorso
E das cinzas que cá transformei
Nunca vou poder comprar o que sempre amei

Hoje vivo no chinelo, sentado na calçada
Com lápis e papel, só faço piada
Daqueles que ontem foram alguém
Fumando charuto na sacada


Praia Grande-SP.
1º/04/2014.

Meus Tempos

Os acasos do tempo pendurado
Me fazem andar pelo passado
Relembrando o que já conquistado
Nos trilhos do coração amargo



Praia Grande-SP.

1º/04/2014

Os Trilhos

O tempo anda como o trem.
Nos trilhos do meu sentir,
obtenho através da vida,
as chaves para o exílio dos meus pensamentos.


Praia Grande-SP. 
1º/04/2014.

terça-feira, 25 de março de 2014

Vestimentas do Mundo

     Atualmente fazemos de necessário cobrir nossos corpos com um pano, que por sinal possui um valor mais longínquo que uma capacidade de realizar coisas novas e com relevância em tal espaço. Hoje, os valores trocados, ainda se vê grandes alfaiates, mas jamais, aquelas da costura do coração. Como sempre digo, às vezes passamos a inventar muito ao invés de arrumar tudo, e desacomodar das modas, que hoje em dia, não são levadas em seu certo sentido. Usar roupa, requer o espírito da moda, cultura, beleza exterior, mas não enfatizar o poder da classe. Não falo que sou contra a moda, mas sou contra a má visão sobre o modelo estipulado para tal estação do ano. Temos a prova viva das relações entre as simplicidades, com uma roupa simples e objetiva. Exacerbar o que não tem necessidade faz parte da doença moderna, fazendo parte do consumo excessivo e cobrindo todo o mundo.
     Quantas vezes eu passei na madrugada de sábado para domingo no centro da cidade, e via pessoas dormindo nas ruas com um papelão como coberta? Analisamos o valor que as coisas têm, o tanto que é árduo para eles, a capacidade deles terem é mínima, justamente pela oculta visão de reflexão sobre o bendito uso de uma coberta. Despejados de casa, percebemos também, que o valor está nas coisas mais absurdas existentes. Muitos estão interessados na calça do indivíduo, mas apenas por nela, existirem bolsos, que por sua vez, vazios.
     Quando cito sobre vestimentas do mundo, faço um apelo que passará despercebido naqueles que a preocupação é o calçado e papel no bolso. Quanto será que dura e onde cabem as relações em torno dos aparatos para o corpo? Desde que mundo virou mundo realmente, considero-o como um espaço sujo, onde há nele, tudo aquilo que é desprezível e estipulado. É incrível como não queremos estipular, mas estipulamos tudo para que não seja estipulado. É fácil se desvirtuar nesse mundo onde o entra e sai nas boutiques, afinal, os visuais hoje em dia são predominantes em qualquer área e estado.
     Parecendo assim, confunde-se ao achar que eu nego o uso de vestimentas, mas é muito pelo contrário, é um lance totalmente cultural, assim como os índios e demais tribos, pouco se preocupam com a vestimenta, mas há também, quem selecione como um significado de espírito. A roupa se tornou tão flexionada no nosso espaço, que é percebido e visível como nós olhamos para os outros como uma roupa de baixo nível.
     Uma grande pergunta simples vira a tona: se falamos tanto sobre a parte interior, por que tanta prioridade da parte exterior?
     Aí, nós mesmos, respondemos a nossa própria pergunta: Às vezes por vergonha ou por alienação alheia, esquecemos de tudo que é prioritário e maioritário dentro de nós e realizamos um cobrimento da parte de fora e exalando todo esse sentimento de beleza e expressão da moda, como algo naturalíssimo. Observando os horizontes dos nossos amigos ancestrais, a inteligência era exacerbada nos nossos olhos e nas nossas vestimentas apenas o objetivo. Se revogássemos o mau uso das migalhas de pano, com certeza iriamos nos recobrir de joias através de prêmios por capacidade interior a um estado modal concreto de como enfatizar que roupa só serve para cobrir do frio.
     E para finalizar: Somos um tal mandante do mundo, que por beleza, nos ligamos tanto ao materialismo, que incorporamos nossos corpos a um corpo semelhante ao universo: longo, oscilante, frio. Percebo então, que quem faz o mundo somos nós, e não ele por si só; e reparamos na imensa solidão e frieza no qual tratamos pessoas que um dia tiveram a dignidade de receber apenas o necessário: uma coberta para continuar brilhando com seu corpo longo e oscilante, mas, sem frio.


Praia Grande-SP.
Feito em: 25/03/2014.

domingo, 9 de março de 2014

Mulheres: O que é bonito

     No meio do sobe e desce escadas do metrô, vai e vem da vassoura, o borrifar dos perfumes, o massageado na maquiagem, o “tec tec” do salto alto e avante ao trabalho. Às vezes o que é bonito vem despercebido: atrás do vestido, da maquiagem e do perfume; uma pessoa normal, uma estrelha brilhosa que esbanja qualidade e inveja. Nos perguntamos de onde vem toda essa força que, há anos, foi oprimida por  nós homens e que todo dia há um esclarecimento delas serem o pico da sociedade. Digo que elas são sinonimos de força e que por lei da natureza, o mais forte sobrevive, o mais forte se torna apto às dificuldades e que por sua própria vontade, consegue estabelecer o que jamais poderia ser feito num espaço pequeno.
     E lógico, como um ser puramente sentimentalista, o uso do racional é um luxo, e que todas têm, e inclusive usa, o que tornam-as o ser mais completo deste mundo. Em sua estrutura corpórea, tomada pela gala e pelo glamour, cerca-se a barreira de que tudo está bom, e incrementando o sabor de que podem sempre mais. Se vestindo como rainha e vivendo como princesa, ocupa o trono de secretária sem dizer que não se pode trabalhar. Ocupa-se o espaço de cozinheira sem dizer que não se pode mais cozinhar. Ainda vive de faxineira dizendo que é mil vezes melhor do que roubar. E mesmo assim, no final do ano, todas estão sentadas esperando sua chamada para a cerimônia do Oscar, amando sem parar.
     E a beleza sempre vindo a fronta, parando carros e até mesmo os faróis, fazendo da faixa de pedestres uma lenta passarela. Do sorriso encantador até o choro mais sentido. Do abraço mais apertado ao beijo mais desgustado. Essas são as mulheres. Por sinal sempre renovam o cabelo para poder balançar a peruca. Renovam as unhas sempre para agarrar mais. Trocam de sapato para sempre pisar mais. E claro, um novo batom para esbanjar mais. Digo o pico da sociedade, pois onde andamos encontramos mulheres, algumas de verdades outras que vieram do Paraguai. Mulheres que são mulheres não ligam pelo que falam e sim pelo que fazem. Elas são até cobradoras de ônibus, pois claro, adoram dar o troco.
    Há quem prefere as insanidades dos típicos desejos humanos, das necessidades corpóreas. Nós homens, que saímos à noite, no típico trabalho dos ancestrais de irem à caça, ao invés de peixe, caçá-las. Caçar a carne, caçar apenas o que se esconde atrás do vestido, mas nunca, o que está estampado pela maquiagem. O saciar desejos que virou meta e glória, e que o sofrimento puro, chegando até mesmo na última camada da pele, ataca a sensibilidade humana e como um corte no coração tão macio.
    Mulheres são como mães, suas próprias mães. Aquela que cuida de si como se fossem seus (as) filhos (as), cuidam do corpo, da alma e da mente. Aquela que cuida dos outros a troco de nada, apenas de sustentar o seu sentimento macio e purificado. A mais personificada e diferente, que diferentemente de qualquer um, possui o tripé da vida. O tripé do Sentimento, da Beleza e da Força. O ser que, jamais será interpretado, nem mesmo pelos filósofos da cozinha ao perguntarem do novo tempero incrementado. Aquela que causou dúvidas ao pegar dinheiro da carteira do marido para comprar sapatos novos. Aquela que são as ondas do mar oscilando a todo o momento, mas sempre trazendo frescor, fragancia e um ótimo conforto para os nossos corações.
    Mas sempre, há quem diga que mulheres não prestam que mulheres são isso e aquilo. Mas também, todos dirão que estão enganados, se não existisse mulher, não existiria poesia. Todos os dias são dias de maquiagem, de vestido, de vassoura, de “tec tec”. Todos os dias é dia do seu amor, da sua sensibilidade e do seu carisma. Nunca se cansam de impressionar e nunca deixam de ser mulher.


Praia Grande-SP.
Feito em: 09/03/2014.